Nos últimos 50 anos, a atividade do Corretor de Seguros sofreu os impactos de mudanças na sociedade, nos mercados, conhecimentos e tecnologias. Novos produtos e serviços se multiplicaram, bem como novas profissões, legislações, estatísticas, estudos e pesquisas.

E tudo isso traduzido e transportado em nível global.

Uma perspectiva impensável ao corretor dos anos 60, época em que foi regularizada a profissão pela lei  n* 4.594 (mais especificamente na data de 29 de dezembro de 1964).

Com a variedade de produtos disponibilizados pelo mercado de seguros, além dos novos produtos lançados a cada momento pelas seguradoras, é cada vez mais evidente a necessidade de uma alta especialização do corretor.

O profissional não pode mais ser um generalista, como em outros tempos. Deixou de ser um vendedor de apólices para exercer o papel de consultor. Para bem fazer uma venda técnica e consultiva, deve conhecer profundamente o negócio do seu cliente, bem como o detalhe de cada cobertura.

 Achar a melhor solução deixa de ser uma questão de preço. Cada produto tem suas características. Cada profissão seus próprios riscos. Cada apólice de cada seguradora tem   detalhes de coberturas e exclusões que podem fazê-la mais ou menos adequada, dependendo do caso.

Surgem cada vez mais corretoras e corretores especializados em vida, saúde, transporte, riscos de engenharia, responsabilidade civil...  São profissionais altamente gabaritados para discutir com seus clientes detalhes de suas necessidade e das soluções existentes.

Outra fonte de impacto é a tecnologia. Passamos pela época da máquina de escrever, dos programas e atualizações por disquetes e mergulhamos fundo na era da internet. Hoje a parceria corretor-seguradora é mais forte do que nunca. Todo o trabalho, da cotação à emissão, ocorre por meio do website das Seguradoras. Velocidade e agilidade são cada vez mais importantes. O mundo do telegrama e do fax foi substituído pela realidade e o alcance do WhatsApp.

O corretor foi levado a se transformar em especialista nos assuntos do segurado e também em comunicação. É fundamental estar em contato com seu cliente desde o diagnóstico de suas necessidades até a entrega da apólice, passando ainda pela abertura e liquidação de um sinistro, a negociação da melhor cobertura junto à Seguradora. Mais do que nunca trata-se de buscar uma efetiva parceria nessa relação.

Cinquenta anos se passaram e a profissão continua a evoluir, adaptando-se a novos desafios que surgem a cada dia. Quem será o corretor dos próximos 50 anos?

por Fabio Sussermann